Criação de lugares: o ponto de partida para a transformação de cidades

E se construíssemos nossas cidades criando um lugar de cada vez? Essa é a proposta do Placemaking – ou, produção de lugares, em tradução livre. Trata-se de uma prática urbanística que ganha cada vez mais adeptos no mundo todo.

Conceito de Placemaking

O ponto de partida do placemaking é entender por que determinados lugares ganham vida própria e nos fazem querer estar neles, enquanto outros, não. Além da dimensão física, o placemaking demanda pensar na sociabilidade, delimitação de usos, programação de atividades, design de acessos, promoção de conexões, sensação de conforto e estéticas atraentes. Em outras palavras, combina itens e abordagens para estimular a construção de laços entre pessoas e o que passa a ser considerado um lugar de fato.

Exemplos Práticos de Placemaking

O Projeto Spark na Vila Leopoldina

A Altre tem aplicado os preceitos do placemaking em diversos projetos. Um exemplo notável é o Spark, um hub de inovação e entretenimento criado na Vila Leopoldina a partir do retrofit de uma antiga fábrica de maquinário industrial. Este projeto ilustra o potencial dessa abordagem na transformação urbana.

Cidade Pedra Branca em Santa Catarina

Outro exemplo é a Cidade Pedra Branca, em Palhoça, Santa Catarina. No mês passado, executivos da Altre visitaram in loco essa experiência iniciada em 1999, quando a família Gomes decidiu criar um bairro pioneiro em uma antiga fazenda de sua propriedade. Aplicando a metodologia do placemaking, foi concebido um conjunto de espaços e atividades que priorizam o pedestre e a vivência humana, indo além da dimensão física para instituir uma importante diversificação de usos e atividades.

Ao longo do tempo, o empreendimento evoluiu não apenas pelas mãos dos proprietários e desenvolvedores, mas também pela participação ativa de moradores, comerciantes, empreendedores e atores culturais, consolidando uma fórmula bem-sucedida de criação de lugares. Assim, no ano passado, o Grupo Pedra Branca decidiu assumir uma nova identidade: a marca Hurbana – Cidade Para Pessoas.

A transição buscou evidenciar a criação de novos produtos imobiliários e a expansão para outros territórios, propondo diferentes escalas e tipos de uso. “Nossa empresa virou marca para continuar sendo reconhecida pela capacidade de promover lugares melhores para se viver, em novos endereços”, resume Marcelo Gomes, CEO da Hurbana.

Essas ações já se estendem por Florianópolis, Joinville e Criciúma. Foram desenvolvidas quatro possibilidades de implantação ancoradas na mesma lógica urbanística:

• Cidades: bairros planejados
• Passeios: centros de compras, lazer, gastronomia e convivência
• Pátios: condomínios de edifícios multifamiliares
• Reservas: condomínios de lotes

O Futuro das Cidades

Em um cenário onde a qualidade de vida urbana ganha cada vez mais importância, a atuação de empresas como Altre e Hurbana se destaca pela inovação na concepção de lugares e pelo foco na valorização das pessoas. Promover ambientes urbanos que priorizam o pedestre e contam com espaços públicos atraentes, seguros e sustentáveis é a melhor maneira de conquistarmos cidades cada vez mais vivas.

Iniciativas como estas evidenciam como o setor imobiliário pode ir além da construção de edifícios e contribuir com a criação de comunidades e a promoção da qualidade de vida. Ao transformarmos um lugar por vez, estamos estimulando uma transformação muito mais ampla das cidades que queremos e temos a chance de criar coletivamente.